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#EleNão: mulheres lideram poderosa mobilização contra Bolsonaro, o machismo e a exploração dentro e fora do país

#EleNão: mulheres lideram poderosa mobilização contra Bolsonaro, o machismo e a exploração dentro e fora do país

Data: 1 de outubro de 2018

Atos foram realizados em centenas de cidades brasileiras no dia 29 de setembro

Um dia histórico. A campanha #EleNão contra Bolsonaro e as posições preconceituosas e reacionárias que o candidato representa levou milhares de pessoas às ruas no último sábado (29). Foram registrados atos em todos os 26 estados do país mais o Distrito Federal, atingindo, pelo menos, mais de 100 cidades no Brasil e outras dezenas no exterior.

Algumas manifestações levaram multidões às ruas, como em São Paulo, onde calcula-se pelo menos 200 mil pessoas, e no Rio de Janeiro, 250 mil. Brasília também contou com um ato com cerca de 30 mil manifestantes, segundo estimativas. EM Belo Horizonte, também participaram outras dezenas de milhares. Além de protestos em todas as capitais, inúmeras cidades de pequeno e médio porte também assistiram mobilizações, como Marília (SP), Bauru (SP), Pelotas (RS), Mossoró (CE), Paranaguá (PR), Ouro Preto (MG), Camboriú (SC), Passo Fundo (RS), São José do Rio Preto (SP), entre outras.

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No exterior, ocorreram atos em países da América, África, Europa e Oceania. Nas redes sociais, imagens de manifestações na Alemanha (como Berlim e Dusseldorf), na Holanda (Amsterdã e Haia), na Irlanda (Dublin), na Suécia (Malmö), na Itália (Milão), na França (Paris e Lyon), na Espanha (Santiago de Compostela e Barcelona), em Portugal (Cidade do Porto, Coimbra e Lisboa), na Noruega (Oslo), na Dinamarca (Aahrus), Argentina (Buenos Aires e Rosário), nos Estados Unidos (Atlanta, Boston e Nova Iorque), no Canadá (Quebec) e na República Dominicana. O continente africano foi representado Pela África do Sul (Cidade do Cabo) e a Oceania pela Austrália (Melbourne e Sydney).

As mulheres, que deram início a um verdadeiro fenômeno que começou nas redes sociais, foram as grandes protagonistas das mobilizações em todo o país, mas não estavam sozinhas. A mobilização ganhou tamanha dimensão que os atos contaram com a presença de homens, e não havia uma idade predominante. Adultos, jovens, idosos e crianças se misturavam nos protestos.

Criatividade, bom humor e diversidade deram o tom das marchas. Com cartazes, faixas e bandeiras os manifestantes expressaram o repúdio ao “Coiso”, como ficou conhecido o candidato do PSL. Nas palavras de ordem, críticas às posições machistas, racistas, lgbtfóbicas e contra os trabalhadores de Bolsonaro, mas também se viu a defesa da democracia, da saúde pública, o combate à violência contra as mulheres e a defesa dos direitos trabalhistas.

“Se a mulherada se juntar, Bolsonaro vai vazar. E se a classe se unir, Bolsonaro vai cair, vai cair”, cantava a animada coluna organizada pelo MML (Movimento Mulheres em Luta) e pelo Movimento Luta Popular, que compõem a CSP-Conlutas, no ato em São Paulo.

A nossa Central marcou presença por meio de seus movimentos e entidades filiadas, e trabalhadores que participam da Central, em diversos atos em todo o país.

Em São Paulo, estavam representações do Sindsef, Sintrajud, MNOB (Movimento de Oposição Bancária), metroviários, trabalhadores de Correios, professores, operários, juventude e outros.

“O ato foi muito vitorioso, a mulherada veio em peso, mas também tivemos o conjunto dos trabalhadores para dizer ‘não ao Bolsonaro’, não a ele que é racista, machista, LGBTfóbico e que também ataca os direitos da classe trabalhadora. Nós demos o recado nas ruas e é nas ruas que vamos derrotar tanto o projeto de Bolsonaro quanto o de qualquer outro que venha nos oprimir e nos atacar”, disse Marcela Azevedo dirigente da SEN (Secretaria Executiva Nacional) da CSP-Conlutas e do MML, que participou da organização do ato em SP.

A também integrante da SEN da CSP-Conlutas, Magda Furtado, que participou do ato no RJ, destacou que nunca viu tantas pessoas nas ruas desde junho de 2013. “É uma vitória das mulheres, que rejeitam Bolsonaro majoritariamente. Ficou claro que as mulheres estão à frente desse processo social de rejeição à extrema direita e suas posições de protofascismo, independente de candidaturas”, avaliou.

Magda destacou ainda a grande bandeira em homenagem a Marielle e a chegada de manifestantes na plataforma lotada do metrô na Cinelândia aos gritos de #EleNão.

A jovem Lídia dos Santos, de 18 anos, esteve no ato em São José dos Campos, que atraiu cerca de 2 mil pessoas na manhã do sábado. Com o rosto pintado, trazia um cartaz escrito #EleNão e disse estar feliz. “Tem muita gente. E nas redes a gente vê que agora de manhã já tem ato em várias cidades. A mulherada tá mostrando que não tem nada de fraquejada. Somos de luta e não vamos aceitar o machismo, o racismo e a homofobia”, disse.

*Matéria publicada pela CSP-Conlutas, confira no site da central.

Fonte: Sinasefe.

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