Notícias

Dia dos Povos Indígenas: É data importante, de reflexão e de luta!

Dia dos Povos Indígenas: É data importante, de reflexão e de luta!

Data: 19 de abril de 2023

Neste 19 de abril, o Sinasefe Ifes reforça seu apoio em defesa dos povos originários

E também é momento de resistência! A desvalorização dos povos indígenas têm aumentado com o decorrer dos anos: a garantia de direitos e de respeito deve ser prioridade em meio a uma realidade de violência.

 

Com o aumento do garimpo ilegal e com o desamparo, principalmente durante o governo Bolsonaro, os povos originários têm os seus direitos e suas vidas ameaçados; vítimas de atividades criminosas que intimidam sua existência. Prova concreta da situação vivida pelos povos originários é a emergência de saúde pública dentro do Território Yanomami, anunciada em janeiro de 2023 e declarada pelo Ministério da Saúde, com casos exorbitantes de desnutrição e malária que atingem inúmeros indivíduos habitantes do território.

 

“Enfrentamos 4 anos de desmonte e ataques. Ainda há um grande caminho a ser percorrido, embora tenha havido alguns avanços. No Espírito Santo, o que entendo é que é necessário mais vontade e interesse político para que sejam reconhecidas essas especificidades. Hoje se tenta inviabilizar a forma de vida dos povos originários em que o Estado não assegura as questões necessárias para se viver, produzir e promover conhecimento dentro da cultura e perspectiva dos povos tradicionais, como na Educação, por exemplo; uma grande questão é que as escolas indígenas já existentes não seguem um currículo elaborado pelas populações tradicionais, que contemple sua visão de mundo e valorize especialmente a vida em harmonia com a natureza, algo que deveria acontecer”, pontuou Glaudertone Andrade de Barcéllos, indígena docente do campus Aracruz.

 

O professor ainda destaca: “É um exotismo muito grande, como se só existíssemos nessas datas. Na minha percepção, o que falta são políticas públicas de Saúde, que considerem o conceito dos povos; condições para se estudar, para que os próprios povos tenham a sua escola, mas dentro dos modelos celebrados na cultura. O maior desafio é ter com que os saberes dos povos ancestrais sejam reconhecidos como filosofias e ciências que podem transformar e contribuir, e não como algo exótico ou pitoresco, e que isso seja, inclusive, contemplado pelo currículo do Ifes”.

 

Respeito, direitos cumpridos e segurança para os povos originários!
Pular para o conteúdo