Enfrentamento à violência nas escolas é pauta de assembleia
Data: 28 de abril de 2023
Conforme deliberação, sindicato encaminhará documento à reitoria e constituirá uma comissão para tratar do assunto
Na quarta-feira, 26, a base do Sinasefe Ifes se reuniu em assembleia geral e discutiu formas de enfrentamento à violência nas instituições escolares, bem como definiu ações institucionais sobre a situação. Conforme deliberação, o sindicato encaminhará um documento à reitoria, bem como constituirá uma comissão para tratar do assunto. A reunião também definiu as/os delegadas/os para atividades do SINASEFE Nacional, em Brasília.
A discussão sobre as formas de enfrentamento à violência nas escolas tem ganhado destaque na base do sindicato, sobretudo após os recentes ataques, como o assassinato de uma professora de uma escola de São Paulo, ocorrido em março, e o massacre em Aracruz, que vitimou as profesoras Flávia, Penha, Selena e a estudante Cibelly, nas escolas EEEFM Primo Bitti e Centro Educacional Praia de Coqueiral.
Docentes e técnicos-administrativos em educação da base do sindicato apontaram, durante a assembleia, como a questão tem atravessado o cotidiano de trabalho no Ifes. As/Os trabalhadoras/es fizeram relatos de preocupação com a falta de ações efetivas por parte da instituição de ensino para garantir a segurança nos campi, bem como mostraram preocupação com uma atividade promovida pelo Ifes sobre a questão.
A instituição, conforme relatos, promoveu um treinamento no campus Aracruz com a presença de representantes de todos os Campi que ensinava que ensinava, basicamente, como as/os trabalhadoras/es poderiam se defender de um ataque, como montar barricadas, desarmar um agressor, entre outras questões que perpassam aspectos de defesa pessoal e segurança pública. Contudo, esse treinamento não ofereceu soluções efetivas para a questão, que perpassa por formação e educação, conforme a avaliação das/os presentes na assembleia.
Sobre esse treinamento, foi encaminhado pela assembleia que o sindicato irá questionar o Ifes sobre essa atividade: quais os gastos, quem era o profissional, o objetivo, as/os idealizadoras/es, entre outras questões. O sindicato irá solicitar também informações sobre quais ações educativas e formativas a instituição tem feito para o enfrentamento à violência.
Será apresentado ainda um posicionamento do sindicato por meio de documento com vistas a orientar os servidoras/es, tomando como base o acúmulo dessa discussão realizada em assembleia e como alternativa ao rumo que as discussões têm se constituído no Ifes, dado a insuficiência de ações concretas e equívocos de concepção demonstrados até o presente momento no tratamento do tema.
O diretor do Sinasefe Ifes Marcus Podestá, que coordenou a mesa da assembleia, destaca que a reunião “conseguiu apontar caminhos e diretrizes para tratar do tema. Esta é uma responsabilidade da gestão do Ifes, mas cabe ao sindicato avaliar se as ações e propostas encaminhadas pela instituição são efetivas”.
“Nossa categoria é alvo em potencial desta escalada da violência e não podemos negligenciar esse fato. A crise humanitária que vivemos agora foi alimentada ao longo quatro anos por um governo autoritário que elegeu servidores e servidoras da educação como alvo de perseguição e difamação. Entretanto, o enfrentamento a esse contexto passa por muitas ações que devem ser pensadas em regime de colaboração no fortalecimento de redes de apoio dentro e fora da instituição e, fundamentalmente, devem ser formuladas com toda comunidade escolar. Sendo esta última, uma das principais falhas que encontramos na resposta do Ifes a este contexto até o momento, ou seja, a dificuldade de horizontalizar essas discussões e pensar junto com a comunidade escolar alternativas mais efetivas para o enfrentamento desta crise”, acrescenta Podestá sobre a temática.
Atividade em Brasília
Durante a assembleia geral, a base também definiu enviar seis representantes do sindicato para participar do Encontro GT Carreira do SINASEFE Nacional, sendo dois representantes do GT Docentes, dois do GT PCCTAE e dois do GT Seguridade. O evento será realizado entre os dias 3, 4 e 5 de maio, em Brasília, no San Marco Hotel. São eles e ela:
Clique aqui e confira a convocatória.
GT SEGURIDADE
Adenilson Guasti Castro
Roberto Wallace Viana
GT DOCENTES
Reginaldo Flexa Nunes
Flavia Candida
GT PCCTAE
Josue Rego
Italo Severo Sans
A assembleia desta quarta-feira, 26, foi a continuação da assembleia realizada no dia 11 de abril. A quantidade de representantes, bem como o montante de indicadas/os por GT foram definidas no encontro do dia 11.
A reunião dessa quarta-feira, 26, também definiu a delegada da base do sindicato que participará da 180ª Plena do SINASEFE Nacional, que ocorrerá nos dias 6 e 7 de maio, em Brasília. Clique aqui e confira a pauta da atividade.
Recomposição dos GTs
Durante a reunião, foi feito um informe do GT Seguridade e reafirmados os nomes das integrantes do grupo. São elas/eles: Adenilson Guasti Castro, Agenor Dias, Antelmo da Silva Junior, Jaime Regatieri, Levi Ribeiro de Oliveira, Lucia Helena Pazzini de Souza, Norma Pignaton Recla Lima, Mário Eugênio Schaeffer, Reginaldo Flexa Nunes e Roberto Wallace Viana;
Também foi feito o informe da saída das servidoras Lucia Helena Pazzini de Souza e Norma Pignaton Recla Lima do GT PCCTAE.
Revogação do Novo Ensino Médio
Pelo adiantar da hora, o último ponto de pauta, que iria discutir a Revogação do Novo Ensino Médio, não foi tratado na reunião. Por ser um assunto de extrema importância para a base, foi proposto e aprovado a realização da discussão sobre o NEM em outro formato, como uma palestra ou seminário. A dinâmica e a data serão definidas pela direção do sindicato. Em breve mais informações.