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8 de março: em ato, mulheres denunciam exploração e violências

8 de março: em ato, mulheres denunciam exploração e violências

Data: 13 de março de 2023

Com o tema “Pela vida das mulheres: por direitos, derrotar os fascistas”, a marcha percorreu ruas do Centro de Vitória

Mulheres em toda a sua diversidade amplificaram o grito pela emancipação das mulheres e do povo brasileiro em manifestação do Dia Internacional da Mulher, que aconteceu na quarta-feira, 8, em Vitória. O  ato também prestou homenagem às vítimas de violência e pediu justiça para as vítimas do massacre de caráter nazista ocorrido em duas escolas de Aracruz, no dia 25 de novembro de 2022. 

Construção coletiva de movimentos de mulheres, centrais sindicais, sindicatos, movimentos sociais e mandatos de parlamentares, a manifestação unificou jovens, idosas, negras, quilombolas, campesinas, sem-terra, atingidas por barragens, deficientes e mães de deficientes em torno da pauta: “Pela vida das mulheres: por direitos, derrotar os fascistas”. A marcha partiu da Praça Getúlio Vargas com destino ao Palácio Anchieta. 

A diretora do Sinasefe Ifes Samanta Maciel participou da atividade e pontuou as principais demandas das mulheres servidoras. “Estamos na luta por reajuste salarial, revisão dos benefícios (salário creche, plano de saúde e alimentação), tratativa de processos de assédio de forma adequada, políticas de incentivo à qualificação e capacitação adequada às mulheres, em especial mulheres mães e equiparação das mulheres em cargos de direção dentro do Ifes”, destacou Samanta.

O ato teve como reivindicação central o fim de todas as formas de violência que atingem as mulheres (física, sexual, patrimonial, moral, obstétrica, entre tantas outras). As manifestantes também pediram por políticas de combate à fome e ao desemprego; aumento do salário mínimo; a valorização salarial das profissionais de saúde, educação e limpeza urbana; escolas e creches em período integral; fim da violência contra as crianças; revogação das reformas trabalhista e previdenciária; fim do machismo, do racismo e da LGBTfobia e um SUS totalmente público e gratuito. 

A psicóloga do Ifes Campus São Mateus Alini Altoé também esteve presente na marcha. Ela observa que as mulheres ainda têm muita luta pela frente, como reverter os retrocessos e derrotar o fascismo que cresceu e ganhou espaço pelo país. “Essa será a luta de todas as pessoas. Precisamos pressionar pela revogação da reforma da previdência, pelo desarmamento da população, por direitos sexuais e reprodutivos de meninas e mulheres e por equidade de gênero. As mulheres sofreram muitos ataques durante os anos de governo Bolsonaro”, destaca. 

Alini elenca os seguintes ataques: o desmonte de políticas públicas como a secretaria especial de políticas para as mulheres; a reforma da previdência, que aumentou a idade para as mulheres se aposentarem; a restrição aos direitos reprodutivos quanto ao aborto; o  desmonte do programa de renda Bolsa Família, que atingiu muitas mulheres e suas famílias; a redução dos recursos para creches e para o combate a violência contra as mulheres; a diminuição do poder de compra da população, que atingiu de forma brutal as mulheres, principalmente negras, aquelas com vínculos de trabalhos mais frágeis e menor remuneração; a propagação de ideologias fascistas e misóginas no país, o que naturaliza e amplia as violências contra as mulheres e por consequência gera aumento dos números de feminicidios e além disso a política armamentista de Bolsonaro também atingiu fortemente a vida das mulheres. 

Confira fotos da atividade:

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