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28 de junho: educação é uma aliada no combate à LGBTQIAPN+fobia

28 de junho: educação é uma aliada no combate à LGBTQIAPN+fobia

Data: 25 de junho de 2024

Embora a Revolta de Stonewall esteja completando 55 anos, os motivos dela ter acontecido não desapareceram no mundo e nem no Brasil

Stonewall Inn era um bar em Nova York, frequentado principalmente pela comunidade LGBTQIAPN+, negros e latinos. Eram comuns as batidas policiais e prisões de pessoas transgêneras, uma vez que o “travestismo” era ilegal naquela época. Na noite de 28 Junho de 1969 houve mais uma batida policial, mas dessa vez as pessoas que frequentava o bar reagiram, e essa reação se tornou uma rebelião que durou quatro dias. Essa foi a Revolta de Stonewall, que deu início a uma série de manifestações ao redor do mundo.

Em 1969 e nos anos que se seguiram pessoas homossexuais e transgêneras (ainda não tinham sido identificadas as diferentes identidades de gênero que conhecemos hoje), tornaram visível sua luta para poderem simplesmente existir. E fizeram isso saindo às ruas e denunciando de forma irreverente e alegre a violência e perseguição que sofriam, iniciando a cultura das paradas, que a princípio eram chamadas simplesmente de “paradas gays”. No Brasil, a primeira parada LGBTQIAPN+ ocorreu em São Paulo, em 28 de junho de 1997.

Embora a Revolta de Stonewall esteja completando 55 anos, os motivos dela ter acontecido não desapareceram no mundo e nem no Brasil. Nos últimos anos, pelo contrário, houve um aumento da violência contra a comunidade LGBTQIAPN+. A violência está relacionada ao machismo, uma vez que mais de 70% dos agressores são homens; à misoginia, já que 67,1% das vítimas são mulheres e ao racismo, tendo em vista que mais de 55,6% das vítimas são pessoas negras. Em 2023 uma pessoa LGBTQIAPN+ foi morta a cada 34 horas no Brasil, nos fazendo o país que mais mata essa comunidade no mundo pelo 14º ano consecutivo. Ainda há muito pelo que lutar, por isso ainda precisamos de um dia de orgulho LGBTQIAPN+.

Enquanto trabalhadoras e trabalhadores em educação, defendemos que a educação é o caminho para acabar com a LGBTQIAPN+fobia. Entretanto, defendemos a necessidade de políticas públicas efetivas para o combate e a repressão à violência. Também defendemos que é preciso combater a LGBTQIAPN+fobia e implementar políticas públicas de ações afirmativas.

Embora seja um dia de festa e alegria, o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+ ainda é um dia de luta. Sigamos lutando!

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