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Senadores apelam ao governo pelo fim da greve nas universidades

Senadores apelam ao governo pelo fim da greve nas universidades

Data: 3 de julho de 2012

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) manifestou apoio à greve professores das universidades federais e apelou para que o governo negocie com as categorias que estão paralisadas há 39 dias. Em discurso no plenário de Senado, nesta quarta-feira (27), ela pediu mais compreensão do governo para negociar a pauta de reivindicações dos professores e demais servidores que participam do movimento.

E destacou que deputados, senadores e a Frente Parlamentar em Defesa da Universidade Pública Gratuita também podem contribuir para a resolução do impasse. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) também apelou ao governo federal, para que seja apresentado o mais rápido possível uma proposta de plano de carreira para os professores das universidades federais, bem como para os funcionários dessas instituições.

Citando dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a parlamentar disse que “a greve afeta mais de um milhão de estudantes e, em muitas dessas universidades, os próprios estudantes também declararam greve em apoio a professores e técnico-administrativos que pedem melhores salários, condições dignas de trabalho, mais investimentos em educação e consolidação de planos de carreira”.

Suplicy explicou que o objetivo da greve é reivindicar carreira única com incorporação de gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35) e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.

Segundo o petista, “num país em crescimento como o Brasil, onde existe uma enorme carência de profissionais qualificados nas áreas técnicas, é de fundamental importância termos professores bem pagos e motivados para exercício de suas funções”, disse ele.

Suplicy sugeriu, inclusive, que o teto remuneratório do serviço público nacional deveria ter como base, não os vencimentos de ministro do Supremo Tribunal Federal, mas sim o salário dos professores, por serem estes, em sua opinião, os verdadeiros suportes de crescimento do país. E Vanessa disse ainda apoiar a reivindicação da comunidade acadêmica de investimentos de, no mínimo, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na área da educação.

Via Portal Vermelho.

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