Em defesa do serviço público, entidades, entre elas o Sinasefe Ifes, enviam carta aos parlamentares capixabas contra a Reforma Administrativa
Data: 30 de outubro de 2020
Documento chama atenção para a destruição do serviço público e dos serviços prestados à população
Com o objetivo de sensibilizar a bancada capixaba no Congresso Nacional, o Movimento em Defesa dos direitos e do Serviço Público de Qualidade, grupo formado por associações, entidades, sindicatos, entre eles o Sinasefe Ifes, enviou uma carta aos parlamentares capixabas posicionando-se contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, a Reforma Administrativa, que, entre outros pontos, destrói o serviço público e os serviços prestados à população.
O documento foi enviado à bancada capixaba na terça-feira, 27. Simbolicamente, representantes do Movimento entregaram o documento físico ao senador Fabiano Contarato (Rede). Confira o vídeo:
Na carta, o grupo reforça que a Reforma Administrativa (PEC 32/2020) vai destruir o serviço público, como o fim dos concursos e da estabilidade, e prejudicar a população que depende dos serviços, como saúde, educação, previdência social, entre outros. “É um ataque que vai além do serviço público, atingindo o conjunto da população, com o objetivo de aumentar as áreas de “negócio” lucrativo aos banqueiros e grandes empresários, que vivem da exploração da grande massa da população”, diz um trecho do documento.
A direção do Sinasefe Ifes reforça que a preocupação maior é com a população que depende dos serviços. “Os servidores não estão preocupados com os salários e cargos, mas com o serviço público de qualidade, que garante saúde, educação de qualidade, seguridade social, entre outros, e a PEC 32/2020, vai no sentido contrário a isso”, reforça.
Confira os pontos destacados na carta sobre a Reforma Administrativa:
- Fim do concurso público (que trará de volta práticas de apadrinhamento, empreguismo);
- Fim do regime jurídico único (que aprofunda a desigualdade já existente, entre servidores de diversas esferas ao possibilitar a contratação de trabalhadores de forma precarizada);
- Fim da estabilidade de emprego (que submete os servidores a uma lógica de governo, tornando-os vulneráveis a ameaças, perseguição e como estratégia para ampliar a corrupção que este governo já pratica, como as “rachadinhas”);
- Afrouxamento contratual de serviços para com a iniciativa privada (escancarando o setor público à iniciativa privada, que visa sempre o lucro e não o atendimento da população);
- Concentração de amplos poderes nas mãos do Executivo para alterar todo o arcabouço de cargos públicos do Estado.
Saiba mais sobre a Reforma Administrativa:
Confira a carta:
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