28 de abril: Vamos à Greve Geral também contra os acidentes de trabalho
Data: 27 de abril de 2017
Como parte das ações, o setorial de Saúde do (da) trabalhador (ra), da CSP-Conlutas, lança cartilha em alusão tema
Os trabalhadores vão parar o Brasil nesta sexta-feira (28) contras as reformas previdenciária e trabalhista. A Greve Geral foi marcada em um dia simbólico para a classe trabalhadora, o 28 de abril “Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho”.
Neste sentido, o dia de Greve Geral também deve ser lembrado como o de combate aos acidentes nos locais de trabalho, fruto da precarização, e na flexibilização de direitos que se refletem no adoecimento do trabalhador. Essas péssimas condições são resultado da política de terceirização que vigora desde a década de 1990 no Brasil, com o aprofundamento do neoliberalismo que impôs mudanças significativas.
O projeto de terceirização do governo Temer aprovado por essa Câmara Federal corrupta e a retirada de direitos via reforma trabalhista farão com que os trabalhadores adoeçam mais, se acidentem mais e morram mais nos locais de trabalho.
Trabalhadores da construção, bancários, servidores públicos, metalúrgicos, trabalhadores do setor da saúde e muitos outros sofrem todos os dias com a exploração da patronal.
Saúde do Trabalhador
A enfermeira e cipeira Alessandra Defendi, de São José dos Campos, relata às péssimas condições que dos profissionais que atuam na área da saúde. “Os auxiliares e técnicos de enfermagem estão submetidos a um ritmo de trabalho intenso. Muitas vezes, com uma escala de 10 pacientes, em um plantão de 12 horas. Vários profissionais têm dois empregos e o cansaço físico é evidente. Somos obrigados a fazer muito esforço físico e devido à precariedade nos instrumentos de trabalho, como macas, cadeiras de rodas e camas quebradas. Temos que pegar os pacientes sozinhos, o que acaba acarretando muitas doenças, como hérnias de disco, dores cervicais, lombares, problemas nas articulações e tendinites”, salienta. Além disso, devido ao cansaço e excesso de trabalho, muitos acabam se machucando com os perfurocortantes.
Outro problema grave, de acordo com ela, é “o assédio moral, muito frequente nos hospitais, isso leva a baixa auto-estima, acaba que vários profissionais da saúde entram em depressão”, revela.
É importante combater os acidentes e mortes nos locais de trabalho
Mais de 313 milhões de trabalhadores se acidentam de acordo com a OIT (Organização Mundial do Trabalho).
A data não é apenas para lembrar as vítimas dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, mas também um momento em que os movimentos sindicais e populares reafirmam o compromisso com a luta e ações por condições dignas de trabalho, que visam impedir que acidentes de trabalho, eventos evitáveis, continuem a se repetir no país, causando mortes, sofrimento e outros danos sociais e ambientais para a população, em especial para os trabalhadores.
Neste sentido, entender e relacionar esse tema com as pautas mais gerais da CSP-Conlutas é fundamental para a defesa dos direitos dos trabalhadores.
Por isso, o setorial de Saúde do (da) trabalhador (ra) está lançando uma cartilha voltada para cipeiros, dirigentes, ativistas da importância de abordar esse tema nas pautas mais gerais dos trabalhadores.
Confira o material, que por enquanto, está disponível em versão online:
Fonte: CSP-Conlutas.