Servidoras/es do Ifes aprovam GREVE GERAL para o dia 18 de março
Data: 4 de março de 2020
Delegada e observadoras/es foram eleitas/os para a Plena Nacional na qual Seção Ifes se posicionará a favor de indicativo de greve por tempo indeterminado
Foi realizada nessa quarta-feira, 4, a assembleia geral do Sinasefe Seção Ifes, no campus Vitória. Um dos principais pontos de pauta da reunião, que era a aprovação da Greve Geral (nacional) do dia 18 de março, foi debatido. A paralisação das atividades e a adesão aos atos foram aprovadas por unanimidade. O assunto também já foi tratado em diversas assembleias locais nas quais o movimento também foi aprovado. Os atos, que serão realizados no dia da greve, estão sendo articulados com outros sindicatos e movimentos.
Além disso, as/os presentes tomaram mais uma decisão: as/os delegadas/os representantes das/os servidoras/es do Ifes na Plena do Sinasefe Nacional, em Brasília, nos dias 14 e 15 de março, vão se posicionar a favor do estado de greve por tempo indeterminado. Durante a assembleia, a servidora do campus Montanha Patricia Andrade foi eleita para ser a delegada da Seção Ifes. Além dela, uma/um integrante da diretoria, que ainda será definido, também será delegada/o no encontro nacional.
Foram escolhidos, ainda, quatro observadores para a 162ª Plena Nacional do Sinasefe: Roberto Wallace Viana (campus Serra); Ítalo Severo Sans Inglez (campus Vitória); Clério Lucas Guaitolini (campus Serra); e Agenor Dias (aposentado).
Considerando a forte mobilização que será necessária para viabilizar os movimentos que estão previstos para serem realizados, as/os presentes decidiram eleger Reginaldo Flexa Nunes como mais um nome para a coordenação local no campus Vitória, unidade central e importante para dar volume às ações.
Eleição da nova diretoria
As/os servidoras/es presentes escolheram três nomes para compor a comissão eleitoral que conduzirá a eleição da nova diretoria (Gestão 2020-2022) do Sinasefe Seção Ifes. O pleito terá que ser realizado até junho de 2020 e os eleitos, que apresentaram seus nomes voluntariamente, são: Maria da Penha Xavier (CRA campus Vitória); Levi de Castro Ramos (campus Colatina); e Édiron Natalli Gomide (campus Vitória). O ponto de pauta será retomado na próxima assembleia geral para que os membros suplentes sejam eleitos.
A categoria definiu, também, que será enviado um ofício do Sinasefe Seção Ifes à Reitoria do Instituto com argumentos técnicos apontando os problemas relacionados à mudança na política de comunicação oficial do Ifes com suas/seus servidoras/es. O Instituto anunciou o fim do envio da newsletter por e-mail para utilização exclusiva de envio por Whatsapp. A categoria reivindica a manutenção da comunicação por e-mail, mesmo que o Whatsapp seja utilizado.
Diversidade
O Grupo de Trabalho (GT) Diversidade do Sindicato ganhou novos integrantes que se apresentaram para compor os trabalhos e foram aprovados pela assembleia. Os debates no Grupo estão relacionados às questões das mulheres, população negra, LGBTs e outras minorias. Os novos nomes são os seguintes: Jamilda Alves Rodrigues Bento (campus Vitória); Flavia Candida de Souza (campus Aracruz); e Fernanda Ribeiro Pinto Rodriguez (campus Vitória).
O GT Diversidade continua aberto à participação de outras/os servidoras/es e a coordenadora geral do Sinasefe Seção Ifes salientou a importância da reativação de diversos GTs do Sindicato considerando sua importância no alcance das bases sindicais.
Defender o Ifes
A assembleia geral do Sinasefe Seão Ifes contou, ainda, com uma ampla análise de conjuntura com participação de muitas/os servidoras/es que debateram as ações necessárias para o enfrentamento aos incontáveis e ininterruptos ataques do Governo Federal aos institutos federais, ao serviço público em geral, à população mais vulnerável do país, às mulheres e outras populações, e às próprias instituições do Brasil.
A natureza dos institutos foi apontada como algo que pode abrir brecha para o fechamento das escolas, uma vez que sua concepção foi criada em outro governo que tinha outra visão com relação à Educação e ao papel da União na área. Como o Governo Federal é responsável apenas pelo Ensino Superior, e o Ifes, e demais Institutos, transitam entre o nível médio e superior, a estrutura poderia ser desmontada mais facilmente e rapidamente, o que demanda o planejamento de ações em defesa das instituições.
Foi lembrado, ainda, que a situação vivida no Brasil pelas/os servidoras/es públicos já se assemelha à vivida na ditadura, com a presença de um governo autoritário, que agride incessantemente a categoria. Entretanto, a figura de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, foi apontada como algo mais próximo da atuação de um estadista que negocia com os parlamentares, incluindo senadores, e o Judiciário, realizando um arranjo entre os atores políticos que está viabilizando muitas das reformas almejadas pelo mercado e que também atacam a categoria.
As manifestações em defesa do autoritarismo do Governo Federal, de um golpe militar e do fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), marcadas para 15 de março, também foram apontadas como uma sinalização evidente do viés autoritário e do objetivo golpista dos atuais inquilinos do Planalto. Vale lembrar que os atos ganharam apoio do presidente Bolsonaro, quando deveriam ter sido desencorajados e condenados por ele.
Diante do cenário traçado, ressaltou-se que os movimentos sociais estão paralisados e que é preciso aparar arestas para uma frente ampla contra um Governo que se mostra cada vez mais isolado politicamente e sobrevivendo à base do autoritarismo e da truculência, com ação evidente de desmonte de todo o serviço público e fomentando o avanço do fascismo no Brasil.
Dia Internacional da Mulher
Entre os informes, foi comunicado que haverá um Ato referente ao Dia Internacional da Mulher que será realizado na sexta-feira, 6 de março, no Centro de Vitória, no período da tarde.
Além disso, houve informes sobre as reformas da sede do Sindicato, que estão na fase final, e o apoio ao movimento dos petroleiros e a participação em um ato na Reta da Penha com acerto de contrapartida da participação dos petroleiros em atos do Sinasefe e da Educação.
Além disso, a reunião recebeu a assessoria jurídica do Sindicato que abriu o encontro compondo uma mesa de conjuntura que abordou questões técnicas acerca das Instruções Normativas 01 e 02.
Confira imagens das assembleias