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Mais de 200 mil ocupam Brasília e reafirmam a força dos trabalhadores organizados

Mais de 200 mil ocupam Brasília e reafirmam a força dos trabalhadores organizados

Data: 25 de maio de 2017

Trabalhadores da Educação Federal, organizados em diversas bases do SINASEFE, se somaram às centenas de milhares de lutadores que marcharam na Esplanada dos Ministérios nessa quarta-feira, 24

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Trabalhadores da Educação Federal, organizados em diversas bases do SINASEFE, se somaram às centenas de milhares de lutadores que marcharam na Esplanada dos Ministérios nesta quarta-feira (24/05). Mais de 200 mil pessoas ocuparam Brasília-DF denunciando as Reformas da Previdência e Trabalhista, exigindo a saída do presidente Michel Temer e pedindo eleições diretas. A marcha histórica, convocada pelas centrais sindicais, foi duramente reprimida ao se aproximar do Congresso Nacional, mas a resistência e a organização dos trabalhadores foi determinante para deixar um recado bem claro: nenhum direito a menos!

Concentração

Ao longo da manhã, as delegações vindas de diversos estados se concentraram sob tendas armadas nas proximidades do Estádio Mané Garrincha. O espaço preparado pelo SINASEFE para receber os participantes ficou pequeno quando se somaram trabalhadores e estudantes vindos de Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo. Delegações de outros estados e do Distrito Federal (DF) também se somaram aos lutadores ao longo da atividade.

Marcha

As bases de servidores e estudantes da Educação Federal estiveram representadas na atividade: Andes-SN, Fasubra, Fenet e SINASEFE organizaram sua entrada em bloco na marcha – UBES e UNE estiveram presentes com bloco um pouco à frente. Colunas de trabalhadores de dezenas de categorias tomaram as ruas da capital federal. Movimentos estudantis, camponeses, de sem terras e de sem tetos, de mulheres, de quilombolas e de LGBTs engrossaram as fileiras da marcha-ocupação.

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Revista e repressão

Houve revista de bolsas e mochilas quando as primeiras colunas se aproximavam da Esplanada. Com o aumento progressivo da quantidade de pessoas, a Polícia Militar do DF (PM-DF) suspendeu a revista e foi ao passo seguinte: repressão pesada. Cachorros, cavalaria, balas de borracha, bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e de pimenta – e o pior, armas de fogo – foram alguns dos recursos empregados pela PM-DF e Polícia Legislativa para impedir o avanço da manifestação. (Confira no vídeo as imagens dos policiais atirando com armas letais).

No entanto, o tensionamento da repressão não dispersou a marcha, diferente de outras ocasiões. As colunas recuavam, os lutadores recuperavam o fôlego e permaneciam na resistência. Pneus e banheiros químicos foram queimados para evitar o avanço da polícia sob a manifestação.

Enquanto a ocupação persistia, o golpista Michel Temer chamou o exército para as ruas da capital federal, numa nítida demonstração dos efeitos e da magnitude do movimento das ruas.

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Feridos e presos

Além de uma pessoa baleada na boca e um estudante machucado gravemente na mão, dezenas de participantes ficaram feridos e presos. Os casos estão sendo acompanhados pelas Assessorias Jurídicas e pelas direções sindicais e, em breve, mais informações serão disponibilizadas.

Dispersão

Até às 20 horas, algumas delegações ainda retornavam ao ponto de partida da marcha para organizar a viagem de volta aos seus estados. O SINASEFE distribuiu os últimos lanches reservados aos trabalhadores e estudantes na tenda do sindicato.
Cobertura ao vivo

Confira a cobertura ao vivo da atividade feita pela Ascom do SINASEFE:

Ábum de fotos

Confira também o álbum de fotos da atividade.

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Crédito da foto ao topo: Agência Brasil.

Fonte: Sinasefe.

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