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Zika Vírus: após solicitação do Sindicato servidoras grávidas são liberadas do trabalho

Zika Vírus: após solicitação do Sindicato servidoras grávidas são liberadas do trabalho

Data: 11 de fevereiro de 2016

Sindicato argumentou que o Ifes possui diversos campi localizados em regiões onde foi constatado o aumento da presença do mosquito Aedes Aegypti

Os campi do Ifes já liberaram as mulheres grávidas que trabalham em suas instalações como parte das ações preventivas que os diretores de cada campus estão realizando para minimizar os impactos do Zika Vírus sobre seus servidores. Além disso, o combate ao mosquito Aedes Aegypti também foi intensificado.

Isso só foi possível após o Sinasefe Seção Ifes protocolar na Reitoria do Instituto, no dia 9 de dezembro, o ofício 253/2015 solicitando o imediato afastamento do trabalho de todas as servidoras grávidas, além da execução de ações efetivas de combate ao mosquito Aedes Aegypti diante do surto de Zika Vírus que acontece no Estado.

No documento, o Sindicato argumentou que o Ifes possui diversos campi localizados em regiões onde foi constatado o aumento da presença do mosquito, que é o mesmo que transmite a Dengue. Essa situação coloca as servidoras gestantes em risco ante a relação direta do Zika Vírus com a ocorrência de microcefalia em bebês, conforme portaria 1.813, de 11 de novembro de 2015, em que o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional em decorrência do padrão de ocorrências de microcefalia no Brasil.

A docente do Proeja e do curso de Letras do campus Vitória do Ifes Charlini Contarato Sebim está no sexto mês de gravidez e ressalta a importância da iniciativa do Sindicato.

“Estou um pouco mais tranquila com essa decisão. Isso é muito importante porque há pouca informação sobre o Zika Vírus. É uma novidade e temos uma epidemia no Brasil inteiro. O que puder ser feito para não circularmos em locais públicos e onde haja mosquito é importante. Na minha casa há tela e ando com roupas compridas. Lá eu tenho o domínio da situação e posso tomar as precauções”, disse.

Charlini foi informada sobre seu direito pelo Sindicato e não retornou ao trabalho com a volta às aulas no dia 25 de janeiro, permanecendo em casa para a sua segurança e do bebê. “Já fiquei desesperada enquanto dava aula e um mosquito entrou na sala. Nem todas as salas têm ar-condicionado”.

Outras autarquias federais, como a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), também tomaram providências, determinando o afastamento imediato das servidoras gestantes. Além disso, o governo do Espírito Santo já decretou situação de emergência em todo o território capixaba.

Clique aqui e confira o ofício.

Clique aqui e confira a portaria do Ministério da Saúde.

Clique aqui e confira o decreto de situação de emergência no ES.

Foto: Creative Commons – CC BY 3.0

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