Pauta de reivindicação da greve da educação vai ser unificada para a garantir força de mobilização
Data: 1 de junho de 2012
A insatisfação generalizada dos servidores da educação com os rumos dados pelo governo às negociações realizadas após a greve de 2011 foi determinante para a 108ª Plena do Sinasefe deliberar pela retomada da greve. Realizada em Brasília nos dias 19 e 20 de maio, a Plena também avaliou a conjuntura nacional de mobilização dos servidores públicos, principalmente os da educação, para a construção de um movimento de caráter nacional, que mexa com a sociedade, a partir da unificação das categorias e pautas de reivindicação.
“Neste momento, a unificação das pautas de reivindicação é indispensável para fazer com que o movimento seja forte. Vamos respeitar cada uma das pautas específicas, mas fortalecer a luta pelas reivindicações coletivas e negociá-las conjuntamente”, conta Gutenberg de Almeida, coordenador geral do Sinasefe Nacional.
No Ifes, a greve vai foi discutida durante a semana. A Seção Ifes realizu assembleias locais nos campi para avaliar a mobilização do servidores e esclarecer a comunidade acadêmica as implicações do movimento nacional. “Para o Sinasefe, ficou claro que retomar a greve do ano passado é estratégico devido a articulação nacional, principalmente os técnico-administrativos, se queremos fazer valer nossos direitos e conquistar nossas reivindicações”, analisa Samanta Maciel, coordenador geral do Sinasefe.
Técnico-administrativos deflagram greve em 11 de junho
Indignados pelas sucessivas negativas do governo à pauta de reivindicação, os técnico-administrativos, através da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições Públicas de Ensino Superior no Brasil (FASUBRA) indicaram greve para 11 de junho. “Os técnicos vão realizar atividades de mobilização dos servidores para fazer um greve contundente”, afirma o o coordenador geral da Fasubra, Gibran Jordão.
De acordo com Jordão, “só a unificação das forças dos servidores pode derrotar a política de reajuste zero do governo, bancada pela alta popularidade da presidenta Dilma Rousseff e um discurso de crise eminente”.
Docentes da Federais parados desde 17 de maio
A greve dos docentes federais começou em 17 de maio, sob o comando do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), e desde então tem ganhado força nacionalmente. Até o fechamento desta edição, 45 universidades haviam aderido ao movimento.